A SEMANA DO DIA 23 AO DIA 29 DE NOVEMBRO
Segunda-feira
“Não existe homem bom por natureza. Existe disciplina e força de vontade”, diz “Despedida de um queimado em coma” de Roston. O texto é muito bem escrito mas tem um ar cristão um pouco exagerado. As frases às vezes carregam no rebusque e dizem pouca coisa. E tem cara de auto-ajuda erudita. Mas não dá pra negar que pega um pouco no rim. E se aproxima sim de uma overdose de Vinicius-de-Moraes-na-missa. Quanto ao título, só me lembra que quando operei as costas, alguns anos atrás, fiquei internado na ala dos queimados no Albert Einstein. Não sei bem o porquê. Só sei que tinha uma criança no quarto da frente do meu que chorava o dia todo, e não me deixava assistir Friends. Os gritos dela me impediram de saber afinal se a Rachel amava o Ross. E a despedida da criança-torresminho era bem menos articulada do que a do André.
Fig.1 Criança queimada
Fig 2. Ross
Fernando Macedo impressionou na estréia de seu novo podcast. Digo novo, porque de fato tem do velho muito pouco: o assunto engorda os sons que Grito usa para embalar o ouvinte, e não o contrário. A seleção de faixas de música brasileira funciona perfeitamente, e dá ao trabalho do publicitário-poeta (?) o ar de uma versão tupiniquim do “Dose Indie” de Lex. Com o mesmo capricho do Dj-de-cabeça-gilette, Fernando abre o trabalho discorrendo sobre as raízes negras da música (e da cultura) brasileira – com a boa notícia de que agora consegue prender a atenção do ouvinte por completo. Se algo faz falta, bem se podia dizer que é o berro que lhe emprestou a alcunha – aliás, o grito. Nos momentos em que parece que o rapaz vai se animar no seus “aaaah’s” que costumam me deixar com vergonha (quando tem gente me ouvindo ouvir o Fernando), Grito decepciona um pouco caindo para um murmúrio desacelarado, como se fosse um berro em “baleiês” do “Procurando Nemo”. Mas não consigo me decidir se isso é realmente ruim. Já estava chato que a única coisa que o Grito gritava era coisa nenhuma.
Fig 3. Homenagem ao dia da consciência negra
Fig 4. Retrato falado do novo Fernando Macedo
Terça-feira
O texto de Ricardo sobre Jericoacoara fala bem do autor – o cara é um imbecil na sua capacidade de escrever textos turísticos literários costurados em equilíbrio minúsculo e perfeito entre bastantes listas de serviços e momentos gays. Tudo isso no melhor sentido. Agora o chato: Há dois defeitos horrendos que me irritam porque quase estragam a belezinha do texto. Em primeiro lugar, Ricardo entrega-se como uma porcaria de mochileiro quando conta quase como a Adriane Galisteu diria sobre sua semana de spa em Saint-Tropez que se hospedou, em Jericoacoara, em uma pousada classe B+ por R$160 a diária. A aventura da história (que querendo ou não é o que seduz a turma do Supertramp e dos jeepeiros) mingua em imaginar que no fim dos bate-pernas você assistia “Jô Soares” na televisão suspensa sobre a cama de mola com botãozinho de massagem enquanto falava com a Ana Luiza sobre Manhatans e Martinis ao telefone. O segundo defeito? Este fim clichê e melado. Até porque todo mundo sabe que a lua não é tímida nada. Ela é um queijão metido.
“O vento constante é um eunuco natural”. Gay.
Fig 5. Jeep
Fig 6. Jô Soares
“E a voz não tão esplêndida…” anuncia Senador as cantorias do Pelé – aquele babaca dos gols. Lucas Nobile encarna mais uma vez o Vinicius de Moraes (“eu é que aprendo com você” é paráfrase consciente, né? Ou nosso amigo cavaquinista está realmente com uma crise de personalidade?) para elogiar com carinho o “pequeno notável” (não acredito que Kwak referiu-se a si mesmo desta forma! Que cara-de-pau maravilhosa!) pelo podcast gravado com o som tão abafado que parece que meteram uma almofada na cara da Elis Regina e enfiaram a cabeça de Senhor Edson dentro de um aquário. E o Senador repete pela quadragésima vez o termo “quiçá”. Mas o podcast está divertido. Do que se pode reclamar de verdade e sem gracinhas? O som está bastante ruim na parte da música. Mas o chute na barriga da modéstia perdoa tudo.
Fig 7. Pelé
Fig 8. Lucas Nobile em sua infância em Itapoã
Quarta-feira
Não entendi (mas adorei) as imagens do post de Kazu sobre pornografia. Afinal, quem fez essas montagens mais que interessantes? São de chamar as pessoas da casa toda pra olhar. Gosto do chapéu de cowboy. Gosto do telefone. Mas não entendi a negrinha de avental azul. Ela está fazendo o que? Moldando metal? O texto é relevante. E as grosserias que o autor joga no meio (“seu puritaninho de merda” e “freaks que sentem tesão com anões ruivos transando com garotas de membros amputados com prendedores de roupa nos mamilos”) são de apaixonar qualquer evangélica. Mas preciso dizer que conheço um sujeito que é conhecido de muita gente por aqui que compra dvd das Brasileirinhas sim. E assiste enquanto toca flauta.
Fig 9. Anão ruivo
Fig 10. Esposa de Kaczuroski
O morcego do Rocha é vesgo. E deve ter morrido de stress depois de fotografado. O fundo está embaçado, mas o bombadinho vai dizer que é estilo. Na verdade nem o bicho está muito nítido. Não serve para a National Geografic. Mas serve para provar para as pessoas o que eu sempre disse: asa de morcego parece plástico derretido. Eu lembro que derretia meus bonequinhos (menos o homem-de-gelo e o Mr.Freeze, do Batman, que eu congelava dentro de um copo) justamente para comparar com as asas do morceguinho que eu tinha de estimação no sítio (Boituva). Este morceguinho é mesmo verdade. Quando o troço cresceu um pouco, decidimos deixa-lo dormir do lado de fora da casa, perto da churrasqueira – embora ainda na gaiola de passarinho. Em uma manhã espetacularmente fria, me lembro que corri para cumprimentá-lo pelo “bom dia” logo depois de esperar o orvalho sair da grama (gay) e devorar meu ovo semi-cozido com shoyu (boto a receita em outra ocasião), e que chorei muito quando notei que o morcego havia suicidado. Tentara escorregar para fora da cela, entre as grades, no desespero de quem sabe voar com os outros morcegos ou entupir-se de vaga-lumes de exoesqueleto de açúcar – enforcara-se. O corpinho parecia plástico derretido ainda, quando o arrancamos de lá, frio e encolhido.
Fig 11. Bonequinho do George W. Bush (que eu adoraria derreter)
Fig 12. Rindo do morcego. “Há há há!”
Quinta-feira
Ziegler, esta semana, foi despretensioso. O retrato tratado das lajotas da sua casa com o sistema solar na barriga (do chão) conseguiu chegar a comover – como parece que só conseguem comover as despretensões. As cores, o equilíbrio da imagem… ficou muito bonito. Tem cara do começo de uma série de imagens, embora eu imagine que essa idéia não se vá cumprir.
Fig 13. O jardim do Ziegler
“Sobremorrência” é uma palavra excepcionalmente Helder. E ela resume esse texto, truncado, non-sense e picareta. Mas interessante. Em alguns momentos, fica metido e aleatório. Em outros, barrigudinho e inteligente. Termina bem. O tipo do texto que mesmo quem não entendeu vai dizer que gostou, porque o gosto (o aprovar) parece que traz implícita a compreensão. Mas os séculos da gente já provaram que não. Assim: eu não entendi porra nenhuma. Mas gosto. Só pra fingir que eu entendi.
Fig 14. Helder sendo irreverente em uma visita à Bienal
Sexta-feira
Lucas Nobile – e não brinco quando digo isso – me emocionou dolorosamente com “Janelas e Cortinas”. É raríssimo isso comigo, mas tive alguma vontade de chorar sim. A canção é perfeita, nesta gravação quase de rádio antigo; as menções da letra a uma mesa onde “falta ele” casam da forma mais triste e completa possível com o texto fino, delicado, silencioso, com algo do retorno de Cartola à casa do pai (depois de falir o Zicartola por liberar bebida de graça pra Mangueira inteira). O texto traz pérolas das mais doces de Lucas, beirando especialmente a perfeição aqui:
“Quando, por exemplo, um passarinho cantava bonito no quintal, o pai cutucava o filho, depois fazia uma concha com a mão direita na própria orelha e colocava a esquerda no peito, como quem diz: “escuta só que beleza, meu filho, escuta”.
Fig 15. Coisa linda de Deus
Lex fugiu um pouco do indie para falar de rock nacional. Com o capricho de sempre, é certo, mas bem podiam os Titãs praticar a musiquinha com o mesmo esmero do Bola Branca. E pensar na contribuição da barata grisalha de óculos pós-modernos Lulu Santos tocando baixo com os tiozinhos meso-irritados cabeças-dinossauro me dá ânsia, enjôo. Da mesma forma são regurgitos de azia tanto o Ira quanto o Legião Urbana – porque convenhamos que o Renato Russo acertou algo como 4 vezes na vida, e o resto do tempo jogou flores do palco para um monte de cazuzinhas de Brasília. Capital Inicial então nem se fala. Então é tudo uma merda? Claro que não! Plebe Rude! Picassos Falsos! O maldito Lex espirra páginas de enciclopédia!
Fig 16. Um Picasso falso
Fig 17. Lex
Sábado
Desta vez, para ninguém dizer que não prestei atenção no trabalho do Leandro, assisti os vídeos duas vezes, lendo e relendo o texto (trás pra frente, frente pra trás). Pra começar, preciso dizer que é hipnótico ad nauseum (a minha homenagem ao Helder é falar em Latim! Ou será que isso é mais Aroston…) assistir corrida de Fórmula 1 em japonês. Não que em português seja menos hipnótico. As frases do locutor dão voltas junto dos carros, e você sente como se girasse. Mas não é assim com o texto de Leandro, que é tão conciso que chega a ser duro. É um tolete maciço de informação, extremamente bem organizado. Eu fico tonto com os vídeos, mas paro em pé com o texto. Só continuo detestando o Senna.
Fig 18. Narração de Fórmula 1
Fig 19. Ayrton Senna comemorando um título
Ana Luiza parece que vai seguir a linha de apenas indicar filmes, sem falar nada sobre eles. Não tem nem o que criticar. É um post quase em branco. E o Almodóvar é um chato ególatra repetitivo, que escreveu três filmes geniais e depois preferiu catarrar roteiros em série (dois por dia, vencendo até dos impressionantes um livro e meio por semana de Stephen King) que na verdade são só dois textos que ele re-adapta e reveza: um sobre mulheres fortes que fumam e geralmente são a Penélope Cruz e outro sobre bichas estilosas e exóticas (que no fundo sempre são ele). Cara mala.
Fig 20. Pedro Almodóvar
Fig 21. Flor de cereja
Domingo
Conhaque barato? Isso aí é Domecq, Toso! Eu mesmo te dei uma garrafa disso de presente. É coisa boa; é só botar um gelinho e uma folha do louro… Mas de fato a decoração (que decoração?) da sua cara é uma merda, e o chão sai do lugar em pedaços, subindo toda a poeira que você é preguiçoso demais pra tirar. Mas a “apuração” do texto é fantástica, merda (dá pra chamar essa colcha de retalhos de “apuração” ?). Você quase toma emprestada a genialidade daqueles que depõem para que o seu texto exista, e há momentos na “entrevista” em que é bom parar e ir buscar um copo d’água. Isso é um elogio e um cuspe na cara, sempre. Que a idéia do Ser Inexistente é boa demais para que o jeitão pretensioso do texto estrague tudo. E Toso aos poucos começa mesmo a dar uma de psicanalista? Então fica este presente que te dou de Natal (já que o novo Domecq que eu ia te dar, vou beber com gente menos afrescalhada e metida):
Fig 22. Freud para colecionar
O vídeo que Yuri postou é muito bom, mas o desenhista está sem dúvida na sua pior fase no site. Além de não colocar novidades, agora deu para imitar a Ana Luiza. O ridículo é que ele parece que continua se sentindo melhor do que ela – como se John Lennon fosse menos clichê que Almodóvar. Não dá pra criticar muito o “cartunista” também. Ele com certeza anda fazendo a revolução deitado na cama ou no sofá da sua mãe.
Fig 23. Yuri Machado e a Filosofia
Bem, isto fecha a semana. Se alguém tiver alguma reclamação a respeito do meu bom português, encaminhe para o Helder. Ele agora é encarregado de editar o site todo.
Nabuco Dosador é ombudsman do Sete Doses às segundas-feiras.
30/11/2009 at 6:19 pm
Hahahahahaha
Eu acompanho site faz um tempo, e de boa, este Nabuco Dosador é MUITO foda
Eu acabo voltando e lendo os textos que eu ainda não li da semana
Parabéns!
30/11/2009 at 7:11 pm
Vou desenhar da próxima vez.
30/11/2009 at 7:12 pm
Concordo, Rafael… O Nabuco é foda…
Não sou mais do conhaque porque tomei um porre absurdo uma vez com o Roston… No dia seguinte, nove da manhã, fomos acordados pelas batucadas do dia da consciência negra…
Prometi que daria um tempo no conhaque e deixei a garrafa lá pra você, Nabuco. Como você não apareceu, a Yu usou tudo pra flambar banana e eu dei o que sobrou para o Ser Inexistente. Mas se você prometer uma visita, inclusive para ver o novo piso que forra meu lar, compro uma garrafa novinha e volto a me embriagar com esse vinho estragado chamado Domecq.
30/11/2009 at 10:28 pm
A foto do Almodóvar está maravilhosa
30/11/2009 at 11:20 pm
ele não ficou estressado pq não usei flash, não sou bombadinho sou gordinho, e fundo embaçado não é estilo meu é macro fotografia não a nada melhor pra destacar o aquele animal do que a macro, se tem me mostre, se fosse para national eu não estaria no aquario de são paulo com certeza estaria no meio do mato em alguma floresta,quanto a definição da foto faço questão de te entregar pessoalmente uma cópia impressa no tamanho 20X30, fotos na internet não são referências de definição precisamos diminuir a qualidade da foto para postar, acho vc precisa de melhores argumentos, criticas construtivas e que tenham sentido, estou a disposição
30/11/2009 at 11:24 pm
helder meu velho, o final do texto me fez rir muito. o nabuco tem o “humor” na medida certa.
01/12/2009 at 7:21 am
É isso aí, Renato. O Nabuco não entende bosta nenhuma de foto!
01/12/2009 at 8:02 am
genial hein nana!
digo de minha parte que algumas falas e deixas de falas minhas se devem ao meu local de gravação! coisa que já estou providenciando mudança para um texto(fala) mais competente ao berro que me é atribuído.
01/12/2009 at 8:54 am
Calaboca Rocha
Eu analiso como visitante crítico do site, não como fotógrafo
É como dizer que o Fernando Meirelles ter tirado todo o sangue (e quase toda a podridão) do Ensaio sobre a cegueira é compreensível, visto que ele queria aumentar a audiencia do filme.
Aquele que vê o seu trabalho, que gosta ou não dele, não precisa entender de fotografia, se não é punheta – e daí que você fica bombadinho mesmo!
Meu papel aqui não é me colocar na pele de vocês para inclusive entender limitações de instrumento ou mesmo do formato internético
Já vi fotos suas que eu não batia o olho para achar que estava tudo desfocado e meio escrotinho
Aceita uma crítica, babaca, não vem com essa blindagem toda de expert que fez o melhor que é possível fazer
01/12/2009 at 8:56 am
Concordo só em um pedaço com o Nabuco,
acho que é interessante que o ombudsman analise os trabalhos não como um expert mas como um visitante extremamente crítico do site
Mas eu, pessoalmente, gosto da foto do morcego, e acho que o lambuzado que fica no fundo faz parte do equilibrio da imagem
01/12/2009 at 8:58 am
Além do que, Nabuco, o seu comentário está todo errado
Você escreveu isso com o que? A bunda?
Mas galera, é fato que não tem um post do Nabuco em que pelo menos um dos 14 não tenha um chilique se protegendo e se ofendendo
Vocês são feitos de que? De manteiga?
01/12/2009 at 9:05 am
Eu gosto do Nabuco porque eu odeio o Paulo Francis e um é uma versão do outro com mais ou menos refinamento.
Entendeu?
De qualquer maneira, é uma grande contribuição pro Sete Doses. Adorei ser desmascarado como mochileiro picareta que sou, ou que me tornei em Jeri… e justamente essa nossa contradição que torna o site interessante.
Espero que o Rocha tenha sido um pouquinho irônico no meio dessa postura defensiva toda. O Nabuco tem razão quando diz sobre a blindagem do expert… é meio como participar de um torneio de Mortal Kombat, anunciar um fatality com grande cerimônia e só conseguir um fiendship.
01/12/2009 at 9:05 am
?
01/12/2009 at 9:44 am
Esqueci um negócio.
O Nabuco não perdeu o vigor da primeira semana, mas ficou assim mais preguiçoso, talvez, vocês não acham? A maior parte das análises foi muito mais sobre as intenções dos autores do que sobre o conteúdo. Isso indica que talvez ele nem tenha ouvido, lido ou visto tudo com tanta atenção.
E a intenção é muito particular e inexprimível.
Acho que é esse comportamento dele que nos coloca na defensiva. E isso é ótimo.
01/12/2009 at 10:09 am
Essa blindagem vai ser normal nas primeiras semanas, levem na piada. Ninguém gosta de críticas. Quase sempre fazemos o melhor que podemos, sem muito tempo e condições de executar algo realmente decente. Aí vem um cidadão e coloca defeitos? Isso é realmente duro para qualquer ser humano. Mas se você quer ser melhor do que medíocre você precisa ler críticas, aceitá-las e absorver alguma coisa disso. É só assim que as pessoas e as coisas melhoram.
O Renato é mal humorado mesmo, tenho certeza que ele ficou tão mordido que na próxima foto vai arrebentar ainda mais (eu adorei a foto do morcego. Na verdade queria saber como e onde ele tirou).
Estou adorando isso daqui. Foi nossa melhor ideia até agora!
01/12/2009 at 11:07 am
Na verdade demorei bem mais pra fazer esse post do que o de semana passada…
Mas decidi pular para um estilo mais “costura de breves”, porque acho que fica mais gostoso de ler…
Agora, Ricardo, seu puto
Eu li sim, aliás mais do que li na outra semana
Desgraçado
01/12/2009 at 12:32 pm
Para ser sincero, acho algumas análises bastante superficiais. Quase não há argumentação; apenas discorre-se sobre o próprio personagem que criamos. Da mesma maneira que um elogio como “do caralho” é superficial, uma crítica embasada por adjetivos soltos não é construtiva.
Assim como o personagem não entendeu o meu texto, que realmente foi escrito de maneira “picareta” (como ele sabia?), fiquei sem saber o que ele acha “metido” ou “aleatório”. E não faço a mínima ideia do que seja um texto “barrigudinho” – uma palavra excepcionalmente Nabuco Dosador. Mas ele com certeza também não sabe o significado de um texto “truncado”.
Ninguém gosta de críticas. E o Nabuco também não. Senti o personagem claramente incomodado nesta semana (que começa na segunda-feira, e não no domingo – preciso fazer jus à função de editor), como se fosse feito de manteiga.
E o humor realmente é o ponto alto da ideia.
01/12/2009 at 12:53 pm
hahahhhaha não fiquei tão mordido assim, se existiu algum motivo pra isso é me chamar de bombadinho, o que esse imbecil tá pensando? Sinceramente não acho isso “blindagem do expert” acho que quando fazemos fotos ou texto ou o que seja que gostamos do resultado temos que defende-lo.
01/12/2009 at 1:00 pm
Nabuco, eu não encarnei o Vinicius. Foi uma citação consciente do Tom, não do Vininha. Certa vez eu e Gabriel Kwak comentávamos sobre um depoimento do Tom sobre o Vinicius, desde então, imitamos os mestres e dizemos que aprendemos um com o outro, só isso.
Aliás, Nabuco, também aprendo um bocado com você.
Obrigado.
01/12/2009 at 1:02 pm
Nabuco, o Helder tem razão em alguns apontamentos. Presta atenção.
A experiência ainda é nova, vocês acham uma boa criticarmos o crítico? Isso nunca tem fim. O ombudsman do ombudsman do ombudsman… ahahhah. Mas é assim que as coisas são mesmo, não tem jeito…
Nabuco, larga mão de ser manteguinha e aguenta o tranco!
01/12/2009 at 1:37 pm
Helder: Significado de Truncado
adj. Privado de alguma de suas partes essenciais; mutilado, incompleto: romance truncado.
Arquitetura. Coluna truncada, coluna de que se suprimiu a parte superior.
Lucas: é verdade! Eu ouvi esse depoimento do Tom! Tá no disco de 90 anos do Vinicius, certo?
E quanto às analises superficiais, repito que meu plano é dar um feed back crítico, tão fundo quanto poderia ser um bom comentário que alguém fizesse na caixa de cada texto
Não pretendo fazer análises profundíssimas, até porque teria de me demorar MUITO mais em cada texto, o que honestamente é inviável pra mim
Talvez passe a ser viável dentro de duas semanas! Quem é que sabe? Não eu
ps: Lógico que eu sou de manteiga! Meus comentários são maravilhosos, seus medíocres
01/12/2009 at 2:04 pm
Eu sei o significado de “truncado” – eu escrevi que quem não soube aplicá-lo foi você.
O que eu não sei é o significado de “barriguidinho”. Também consta esse verbete no dicionário?
Não acho que uma justificativa (“causa, prova ou documento que comprova a realidade de um fato”) seja mais “inviável” do que nos contar sobre os morcegos do síto de Boituva, por exemplo. Foram três linhas superficialmente críticas ao Rocha e 13 linhas detalhadas sobre você.
Bastaria-nos uma explicação (ainda que com cinco palavras, não mais do que as 50 de divagação) para o que você julgou “chato”, “bonito” ou “feio”. Do contrário, não há sentido para um oitavo texto semanal – a caixa de comentários continua aberta, mesmo para as críticas.
E eu já sei que você ficará todo amantegado de novo. Prometo que não opinarei mais.
01/12/2009 at 2:26 pm
eu acho que vocês deviam contratar o peçanha como ombudsman; é recorde de cometários na certa.
01/12/2009 at 4:31 pm
Bem, decidam-se
Eu vou moldando conforme as críticas de vocês, visto que eu sou um serviço para vocês
A questão de Boituva e do morcego veio de um comentário do Deco da semana passada que elogiou SOBRETUDO as digressões, então me liberei para fazê-las
Quando ao “truncado” até agora não entendi de onde você tirou que eu não soube aplicar o termo
quis dizer exatamente o que eu disse só colocando ele na frase que dizia que era o que o seu texto era
ele não basta para que você o entenda
ele é incompleto. mas chega de discutir você, já deu
01/12/2009 at 4:32 pm
e os outros? nada?
01/12/2009 at 4:33 pm
também são contra as digressões? eu corto
querem mais de vocês e nada de mim ou do meu humor megalomaníaco? é só falar que isso aqui vira um relatório
01/12/2009 at 4:56 pm
Continue com as digressões (são maravilhosas) e melhore as críticas…
E não leve críticas pro lado pessoal. Você é vingativo que eu já percebi. Só porque o Helder falou dos seus erros de português você se vingou falando mal do texto dele (que é picareta, mas é bom pra cacete e fácil de entender)… Se não entendeu, leia de novo, porque eu entendi muito bem e só precisei de uma leitura rápida.
Mas, Nabuco, não posso falar muito: já me tornei seu fã!
01/12/2009 at 10:25 pm
Gostei. Melhor que na semana passada, texto mais solto.
As digressões, claro, são sempre válidas. Ficou fodão.
02/12/2009 at 12:30 am
É, sou vingativo mesmo
02/12/2009 at 7:25 am
Nabuco Dosador, o senhor está desatualizado. No dia da visita do Ser Inexistente, o piso do 1818 já era de porcelanato “ELIANE”. E conhaque Domecq, convenhamos, é vagabundo e barato. Da próxima vez traga para meu novo lar (1818) um frisante “Sunny Days” Almadén. Grata. =D